O Que realmente torna um jogo bom?

16:41 Unknown 0 Comentarios



Em um mundo onde todos têm valores e gostos diferentes, fica difícil dizer o que realmente é bom e o que não é, pois não existem regras definidas para isso. Talvez uma matéria sobre esse tema pareça um tanto vago, mas decidi fazer essa análise do que pode ser considerado bom visto de dois pontos totalmente diferente, o primeiro seria o ponto de vista técnico onde se preza gráficos, jogabilidade e toda parte teórica que um jogo obedece para atingir seu objetivo, e do outro lado nós temos o ponto de vista criativo, onde se encaixa todos os gostos e vontades do seu público alvo. Isso é algo muito interessante de ser notado pois por diversas vezes nós vemos um jogo que tem excelente qualidade e que se encaixa perfeitamente no nosso gosto, porém eles não têm o devido reconhecimento, por que será?

Começando pela parte técnica logo de cara nós encontramos uma imensa pedra na nossa linha de raciocínio: "até onde a parte técnica de um jogo deve ser julgado e por que é importante entender isso?". Existem jogos que não tem um pingo de esforço na sua parte visual mas mesmo assim são considerados obras de arte, vamos tentar entender os motivos. Ao se fazer um jogo o seu criador tem um objetivo a ser atingido, seja ele simplesmente fazer dinheiro com uma ideia batida ou proporcionar alguma experiência ao jogador e é aí que encontramos a resposta para o que estamos procurando. 

Vamos pegar como exemplo o jogo Minecraft, ele é um jogo polêmico e muito popular na geração que estamos vivendo, mas será que ele é um bom jogo? Olhando da parte técnica podemos afirmar que sim, pois seus gráficos apesar de não serem bons cumpre exatamente seu objetivo, de mostrar um mundo em constante mudança ao jogador e propor o desafio a ele de sobreviver a tudo isso. A Física do jogo e suas músicas também se encaixam perfeitamente nesse perfil e podemos ver que ele realmente é um ótimo jogo.

Ao se analisar a parte técnica do game é muito importante prestar atenção nos recursos da empresa e o que ela fez com tudo isso. Um mal exemplo disso seria o Resident Evil 6, onde temos uma empresa que possuía excelentes recursos para uma produção, mas usou tudo isso para simplesmente fazer um jogo que foge do seu objetivo principal. Tornando o jogo em uma simples obra cinematográfica.

O Legal de fazer essa análise é que não temos um ponto certo para poder julgar determinada obra pois a situação em que ela foi feita pode ser totalmente diferente uma da outra, e é nesse meio que entra o lado criativo para julgar uma obra. Não basta simplesmente dizer que determinado jogo tem gráficos incríveis e que tem uma trilha sonora de tirar o folego, e a jogabilidade perfeita, porém ele peca na hora de divertir o jogador, como é exatamente o caso de Resident Evil 6. Pareço estar julgando sem motivo? Então vamos sair um pouco da parte técnica e partir para a parte criativa.

Enquanto de um lado nós levamos a sério aspectos como condição em que o jogo foi feito e se ele cumpre determinado objetivo, agora nós vamos considerar questões como o divertimento, seu público alvo e se ele realmente é algo bom como um todo. Lembrando que não vou falar sobre questões como o marketing, afinal a matéria é sobre se o jogo é bom e não sobre a venda de jogos. Quando você pensa em algo que te diverte, cada um de nós vamos ter características próprias que vai nos aproximar do jogo, e também tornar mais fácil a nossa imersão em determinados jogos. Eu pessoalmente prezo a humanidade dentro dos jogos, o lado romântico e a comédia são os pontos que mais me atrai em uma obra, porém nem de longe eu deixo de me empolgar com ação, mesmo ela não sendo a minha prioridade, por isso na minha lista pode entrar The Last of US e Assassin's Creed 2, dois jogos onde é muito bem explorado a caracterização dos personagens.

Porém não é apenas do gosto popular que um jogo vai sobreviver ao ponto de vista criativo, para isso ele precisa ter em mente o que ele quer passar em questão de divertimento, que emoção quer provocar no seu público e por que ele quer isso. Se tudo isso estiver okay, podemos considerar o jogo aprovado nesse aspecto (e até dar uma nota para isso dês que não coloquemos nossos gostos em meio a essa analise). E Bem do lado desse ponto é que encontramos o público alvo do jogo, o jogo foi feito para que? Crianças? Mulheres? Dependentes químicos? É preciso localizar esse público e considerar se o game está de acordo a ele, e é aqui que encontramos uma meia dúzia de jogos ruins. Muitas vezes um jogo acaba tentando agradar o maior número de pessoas possíveis, e no meio dessa tentativa desesperada ele acaba se destruindo, e o que seria um bom jogo acaba se passando simplesmente por um jogo meia boca. Um exemplo perfeito disso é o Wii Party U, onde a apelação para poder atrair o maior número possível de pessoas é tão grande que o game que poderia ser bom, acaba caindo na proposta.


E a última questão que acredito ser a mais complicada de se analisar, e o jogo como um todo é bom?  Então após pegar todos os aspectos considerados anteriormente, junte isso a seu gosto pessoal e decida se o jogo é realmente bom. Você pode elogiar e muito um jogo pelos seus pontos fortes, mas após ter elogiado simplesmente dizer que não gostou, afinal, não é seu gênero favorito de jogo. Um caso comum em que faço isso é com Titanfall, onde em todos os aspectos é um excelente jogo a ser jogado, realmente recomendo o game, mas não faz o meu estilo. Talvez isso pareça confuso e muitas pessoas preferem simplesmente dizer que não curte o game, pois não há argumentos validos quando a questão é gosto pessoal. E realmente não existem pessoas erradas quando a história é dizer quem está certo no mundo do entretenimento, e é isso que torna as coisas tão divertidas.

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